8.7.09

Amor (inco)Mensurável

Ele disse para ela que não poderia oferecer mais nada; era o fim, ela também não aceitaria menos. O que qualquer pessoa sensata pensaria é "caralho, quando começaram a medir sentimentos?!" Bom, qualquer pessoa sensata talvez não; eu pensei, no entanto. É; de sensato tenho pouco. Apenas a lucidez para não me meter em assuntos alheios e por isso só pensei, não lhes disse nada. Mas minha vontade era gritar-lhes que eram cegos. Não viam que o que tinham era o bastante? Mais até do que muitos sonhavam um dia encontrar. Porém, ela ouvira das amigas que ele a procurava pouco e provavelmente tinha medo de se comprometer. E ela precisava mais. Ele ouvira de seus caras que ela era uma neurótica, uma caça-casamentos. Ele queria menos. Ambos os idiotas se queriam, mas não podiam ver. Não lhes era suficiente a boa companhia um do outro e as risadas compartilhadas; arrastaram o relacionamento para o resto do mundo e o efeito foi o esperado. Eu teria avisado se de fato me importasse. Nécios. Um relacionamento deve ser como um segredo... Se perguntam como andam as coisas, um breve "bem" deve bastar para que não lancem o veneno do ceticismo sobre o casal. Ninguém mais acredita no amor, mas insistem em medi-lo; apenas vivê-lo ou é pouco, ou é demais.

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