11.7.09

A quantidade de quase orgasmos é infinitamente superior às gozadas plenas. Chego perto, muito perto, mas na hora da entrega final... nada acontece. E então a clássica feição de "para onde foi?!" assalta meu rosto. É claro que tudo isso pouco tem a ver com sexo, mas com vida - não que sexo não seja vida... enfim. Vivo das expectativas que crio e desejo um imenso e inefável gozo. Vejo um texto se desenrolar, e ele até tem bom início e meio. O fim é que é uma porra. Ou melhor, o fim é um grande pinto brochado. Isso não é nojento, nem engraçado - qual o teu problema com as palavras?! Pura melancolia, cara. Não sei o que fazer quando todas as letras já parecem ter esgotado a quantia de permutações frasais. Merda. Saber que não vou gozar e continuar na transa é quase uma tortura. Antes fosse só na escrita... com os textos ainda me entendo. Quero dizer, a frustração se resume ao papel, sacas? Foda é brochar no plano real, cara. É como se... como se a própria vida estivesse na cama comigo e pulasse fora antes de eu terminar. Talvez eu tenha que aprender a ser mais rápido. Não; gosto do contraste da brevidade da vida com as sensações arrastadas, exploradas até o limite, ansiando pelo êxtase final. Provavelmente, a vida é isso mesmo; uma grande transa. E então concluir um orgasmo deve ser, paradoxalmente, brochante. Uma epifania tão enaltecedora que nos petrificaria... Foda-se; manter-me-ei excitado.

Foda mesmo é compartilhar essa linda transa com pessoas constantemente brochadas.

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