7.7.09

Saí do rumo. Arrancaram-me a estrada dos pés e tiveram a petulância de dizer "segue em frente!". Contrariei-lhes por não lhes contrariar; continuei a andar. Gritei, xinguei e expulsei. Depois, fiquei calado, não quis mais sequer pensar, mas não podia silenciar a mente... Nunca pude. Fui guardando o conteúdo só para mim, fui enchendo... Enchi; transbordei. Feito copo d'água. Foi memorável, pingos molhando quem insistia em permanecer seco. Por que não molhar?! Nunca entendi. Sempre me disseram para fazer tudo direitinho, do jeito como eles queriam, que daria tudo certo. Eu os ouvi e agora respondo por isso. Respondo-lhes que não os ouvirei mais; fechei meus ouvidos para tanta bobagem sem signifição. Sem sentido, sem rumo. Se tenho meus pés, não preciso do caminho alheio. Preciso de pouco, na verdade... Mais do que uma garrafa de cerveja, música e poesia? Nunca quis. E não teria dado certo; não deu. Tentei fugir-me e voltei correndo para mim; sôfrego, ansioso pelo espelho. "E quando quis tirar a máscara/estava pegada à cara", disse o Álvaro. Eu, quando o quis, não achei máscara alguma. Talvez eu nunca tenha seguido outros passos que não os meus. Não, nunca segui. Então como esse ar cheira à segunda vez? Como parece que aqui já estive antes e voltei?! Revisito-me...

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