29.9.09

Perguntaram o que eu pensava a respeito de Zelaya. Minha mente começou a viajar, vi na minha frente o mapa daquele país centro-americano, a cara bigoduda do presidente e as mulheres com fitas no rosto em forma de xis, reclamando liberdade de imprensa. E as mulheres me fizeram lembrar dela. Ela havia dito que me amava. Tá certo que tinha sido depois de uma transa intensa, mas eu senti que era sincero. Vi nos seus olhos. A boca pode mentir, os olhos não. Nunca haviam me amado antes. Ou talvez sim, mas ninguém me deixou ter conhecimento disso. E foi tão bonito o modo como ela disse. Foi como se essa fosse a única verdade no mundo. E eu acreditei. Então lembrei do Kerouac e de como ele dissera uma vez que ninguém mais acredita no amor, e que o amor é a grande mensagem, o puro significado da vida. Ele estava certo. E ela também.
Ah, o Zelaya. Que se dane.

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